terça-feira, 5 de maio de 2009

ALICE - to louca?

Alice estava nervosa. Roer unhas não era um esporte preferido mas no caso de não ter um pote de chocolate para devorar, como toda pré-adolescente, acabou ficando com as unhas mesmo. Além das unhas e depois da útima sessão de cinema, percebeu que a sua vida estava escrachada num filme. Meio que nem um recorte e cole do dever de história sobre a Idade Média. É, agora ela entendia como não era legal para os nobres e os servos serem facilmente definidos com verbetes da web.

E ela? Porque era uma mistura de personagens imbecis que só fazem é complicar a vida um de cada um? Alice realmente não sabia o que fazer. E então? Ligaria ou não no dia seguinte para ele? Alice não se sentia esperta. Sua espertesa agora, era tão profunda como de um pires.

Alice sempre foi uma menina decidida e racional com suas coisas, independente das coisas serem os garotos. Ela queria poder resolver seus problemas emocionais tão bem como suas questões de matemática. Ela estava falando do casal amigo da escola, mas se deu conta que o filme que estava falando do casal que na verdade estava falando dela e de seus pensamentos. Alice se sentia idiota. E, saber que a negação da verdade implica em fazer besteiras não era o suficiente. Sabendo disso, ela com certeza iria mandar aquela mensagem de texto fofa para o ex-namorado.

Coisa pior que parar de falar com o seu ex-namorado é mandar uma mensagem de texto sem nexo para ele. Principalmente quando ela estava pensando no outro garoto da vez. Quer solucionar o seu futuro? Recorra ao passado e surte. Essa era a dica da vez. De merda, por assim dizer. Alice sempre foi confidente e conselheira das amigas, principalmente daquelas que repetiam a lenga-lenga para elas mesmas. "Não faça isso, sua burra", aconselhava.

E agora? Perdida, idiota e com uma mensagem de texto enviada para o garoto errado Alice se sentida mais confusa do que abóbora. A abóbora nunca vai saber o porquê de ter vindo ao mundo. Se é doce, salgado ou se é para dar medo em criancinhas. E quase que abóbora ela mesma, Alice não conseguiu ter nenhuma idéia genial, daquelas que se inventam as dobradiças ou de colocar sal no chocolate derretido.



por Robusti

Nenhum comentário: