sábado, 28 de fevereiro de 2009

ALICE - Toda toda

Alice não sabia das consequências da vida. Na verdade, Alice pouco pensava nessas coisas. Doze anos não era idade de meninas e um futuro melhor andarem juntos.

Festas, sociais, rock'n'roll. Descolada e cheia de yeah-yeah-yeah a garota problema pouco entendia o que seria confusão. Alice pegava carona de moto para Angra com o amigo do ICQ para ir numa rave. Normal ué, amigo não era pra essas coisas? E dividir a casa com o amigo que se conheceu no metrô? Todo mundo tem problemas de grana.

Alice mesmo que adolescente inconsequente morava sozinha. Morava sozinha porque sua única família tinha 87 anos, perda de memória recente e sempre almoçava um número aleátorio do Mc Donalds.

Cheia do dinheiro e vazia de noção, Alice magrela fazia do seu nariz o bem o que entendesse. Além do nariz, o umbigo de Luana ia muito-bem-obrigado com seu mais novo piercing de borboleta rosa. Ninguém sabia disso, é claro. Luana não estava nesse mundo pra ficar mostrando a barriguinha pra qualquer um.

Segunda tinha o Carlinhos. Mas ele era simpático. Alice, não sabia muito bem porque tinha começado aquele rolo. Terça era sempre dia livre, pra variar o almoço, ir no cinema e coisas legais. Já quinta o André aparecia na sua casa pra dar uns beijos. Final de semana era do Guilherme, porque esse era o namoradinho. Ué, que mal tem?


por Robusti

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